Portugal do "oito" e do "80"
Página 1 de 1
Portugal do "oito" e do "80"
A selecção portuguesa de futebol só foi capaz do "oito" ou do "80" nas suas quatro participações na fase final do Mundial, com duas presenças nas meias-finais intercaladas por duas eliminações prematuras.
Portugal foi terceiro na estreia, em 1966, liderado pelos golos do "rei" Eusébio da Silva Ferreira, e quarto na última edição, em 2006, mas, em contraponto a estes dois feitos, ficou-se pela fase inicial nas edições de 1986 e 2002.
O meio termo é algo que a selecção das "quinas" desconhece, em vésperas de uma quinta presença - e terceira consecutiva - na fase final, que Portugal falhou em 13 ocasiões (1934 a 62, 70 a 82 e 90 a 98), depois de não ter participado nas eliminatória da edição inaugural (1930).
A trajectória lusa nos Mundiais é uma história de extremos, do muito bom ao muito mau, de ter tido o melhor marcador em 1966 e ser considerada a equipa que "mais entreteve" em 2006 a lamentáveis casos de indisciplina que marcaram as participações intermédias.
No que ao de melhor diz respeito, a primeira presença continua a estar no top: em 1966, os "magriços" caíram apenas nas "meias" e face à anfitriã Inglaterra (1-2), que viria a conquistar o que é ainda hoje o seu único grande título.
O "onze" de Manuel da Luz Afonso começou imparável, ao bater sucessivamente Hungria (3-1), Bulgária (3-0) e o bicampeão Mundial em título Brasil, de Pelé e Garrincha (3-1), o que lhe valeu a vitória no grupo 3.
Nos quartos de final, o "sonho" parecia terminado ao fim de 25 minutos, com a Coreia do Norte a vencer por 3-0, mas o "pantera negra" respondeu com quatro golos consecutivos e José Augusto rematou a incrível reviravolta (5-3).
Depois, um "bis" de Bobby Charlton colocou os ingleses na final e deixou Eusébio em lágrimas, mas ainda com forças para marcar o seu nono golo e contribuir para o "bronze" luso, selado face à União Soviética (2-1) com um tento de Torres.
Foi, então, preciso esperar 40 anos para ver Portugal voltar a "brilhar" num Mundial: em 2006, na Alemanha, a equipa do brasileiro Luiz Felipe Scolari não teve tanto encanto, mas venceu duas batalhas épicas, para a história.
A fase inicial foi um "passeio", com as primeiras duas vitórias, sobre Angola (1-0) e Irão (2-0), a garantirem um apuramento prematuro e uma terceira, face ao México (2-1), a selar o triunfo no Grupo D.
O Mundial começou, verdadeiramente, em Nuremberga, num "duelo" de cartões (16 amarelos e quatro vermelhos) com a Holanda, que Maniche resolveu (1-0), com Portugal muito tempo em inferioridade numérica (10 contra 11 e nove contra 10) e quase sempre sem bola (38 por cento contra 62).
As grandes emoções prosseguiram nos "quartos", com Portugal a desperdiçar quase uma hora em vantagem numérica (expulsão de Wayne Rooney) e a acabar por vencer a Inglaterra na "lotaria", de novo com Ricardo (três defesas) como "herói", a exemplo do que havia sucedido no Euro2004, e com Cristiano Ronaldo a selar o apuramento.
A equipa lusa estava entre os quatro melhores do Mundo - todos europeus -, mas já não pôde mais: caiu nas "meias" perante a França, como nos Europeus de 1984 e 2000, vergado a uma grande penalidade de Zinedine Zidane (0-1) e, já sem "alma", deixou o "bronze" para os anfitriões (1-3).
Entre 1966 e 2006, Portugal só pisou o "palco" dos Mundiais em duas ocasiões e, dado o que fez, mais valia ter ficado em casa a ver a prova pela televisão.
Em 1986, Carlos Manuel logrou o "milagre" da qualificação em Estugarda (1-0) e abrir a fase final com novo golo de "ouro" (1-0 à Inglaterra), mas quase tudo foi muito triste: o "caso Saltillo", um confronto entre jogadores e dirigentes da FPF devido a divergências com os prémios de jogo.
Desportivamente, o "onze" de José Torres, também azarado devido à lesão sofrida pelo já malogrado Bento, perdeu com a Polónia (0-1) e foi humilhado por Marrocos (1-3), acabando no quarto posto do Grupo F, que qualificou os três primeiros.
Em 2002, e após uma sensacional fase de qualificação, em que eliminou a Holanda, a selecção lusa, com Figo, então o melhor do Mundo, limitado fisicamente, começou de forma desastrosa (2-3 com os Estados Unidos) e pagou isso caro.
O "onze" de um "desorientado" António Oliveira, a "geração de ouro", ainda goleou a Polónia (4-0, com três de Pauleta), mas caiu parente a anfitriã Coreia do Sul (0-1), num jogo em que Beto e João Vieira Pinto acabaram expulsos, este último ainda com tempo para um "confronto" com o árbitro.
Em resumo, e sempre que chega a uma fase final, o que vem deixando de ser raro, Portugal ou cai com estrondo e "azia" na primeira fase ou vai longe, até às "meias", para ai tombar em paz, orgulhosamente entre os quatro melhores do Mundo.
Portugal foi terceiro na estreia, em 1966, liderado pelos golos do "rei" Eusébio da Silva Ferreira, e quarto na última edição, em 2006, mas, em contraponto a estes dois feitos, ficou-se pela fase inicial nas edições de 1986 e 2002.
O meio termo é algo que a selecção das "quinas" desconhece, em vésperas de uma quinta presença - e terceira consecutiva - na fase final, que Portugal falhou em 13 ocasiões (1934 a 62, 70 a 82 e 90 a 98), depois de não ter participado nas eliminatória da edição inaugural (1930).
A trajectória lusa nos Mundiais é uma história de extremos, do muito bom ao muito mau, de ter tido o melhor marcador em 1966 e ser considerada a equipa que "mais entreteve" em 2006 a lamentáveis casos de indisciplina que marcaram as participações intermédias.
No que ao de melhor diz respeito, a primeira presença continua a estar no top: em 1966, os "magriços" caíram apenas nas "meias" e face à anfitriã Inglaterra (1-2), que viria a conquistar o que é ainda hoje o seu único grande título.
O "onze" de Manuel da Luz Afonso começou imparável, ao bater sucessivamente Hungria (3-1), Bulgária (3-0) e o bicampeão Mundial em título Brasil, de Pelé e Garrincha (3-1), o que lhe valeu a vitória no grupo 3.
Nos quartos de final, o "sonho" parecia terminado ao fim de 25 minutos, com a Coreia do Norte a vencer por 3-0, mas o "pantera negra" respondeu com quatro golos consecutivos e José Augusto rematou a incrível reviravolta (5-3).
Depois, um "bis" de Bobby Charlton colocou os ingleses na final e deixou Eusébio em lágrimas, mas ainda com forças para marcar o seu nono golo e contribuir para o "bronze" luso, selado face à União Soviética (2-1) com um tento de Torres.
Foi, então, preciso esperar 40 anos para ver Portugal voltar a "brilhar" num Mundial: em 2006, na Alemanha, a equipa do brasileiro Luiz Felipe Scolari não teve tanto encanto, mas venceu duas batalhas épicas, para a história.
A fase inicial foi um "passeio", com as primeiras duas vitórias, sobre Angola (1-0) e Irão (2-0), a garantirem um apuramento prematuro e uma terceira, face ao México (2-1), a selar o triunfo no Grupo D.
O Mundial começou, verdadeiramente, em Nuremberga, num "duelo" de cartões (16 amarelos e quatro vermelhos) com a Holanda, que Maniche resolveu (1-0), com Portugal muito tempo em inferioridade numérica (10 contra 11 e nove contra 10) e quase sempre sem bola (38 por cento contra 62).
As grandes emoções prosseguiram nos "quartos", com Portugal a desperdiçar quase uma hora em vantagem numérica (expulsão de Wayne Rooney) e a acabar por vencer a Inglaterra na "lotaria", de novo com Ricardo (três defesas) como "herói", a exemplo do que havia sucedido no Euro2004, e com Cristiano Ronaldo a selar o apuramento.
A equipa lusa estava entre os quatro melhores do Mundo - todos europeus -, mas já não pôde mais: caiu nas "meias" perante a França, como nos Europeus de 1984 e 2000, vergado a uma grande penalidade de Zinedine Zidane (0-1) e, já sem "alma", deixou o "bronze" para os anfitriões (1-3).
Entre 1966 e 2006, Portugal só pisou o "palco" dos Mundiais em duas ocasiões e, dado o que fez, mais valia ter ficado em casa a ver a prova pela televisão.
Em 1986, Carlos Manuel logrou o "milagre" da qualificação em Estugarda (1-0) e abrir a fase final com novo golo de "ouro" (1-0 à Inglaterra), mas quase tudo foi muito triste: o "caso Saltillo", um confronto entre jogadores e dirigentes da FPF devido a divergências com os prémios de jogo.
Desportivamente, o "onze" de José Torres, também azarado devido à lesão sofrida pelo já malogrado Bento, perdeu com a Polónia (0-1) e foi humilhado por Marrocos (1-3), acabando no quarto posto do Grupo F, que qualificou os três primeiros.
Em 2002, e após uma sensacional fase de qualificação, em que eliminou a Holanda, a selecção lusa, com Figo, então o melhor do Mundo, limitado fisicamente, começou de forma desastrosa (2-3 com os Estados Unidos) e pagou isso caro.
O "onze" de um "desorientado" António Oliveira, a "geração de ouro", ainda goleou a Polónia (4-0, com três de Pauleta), mas caiu parente a anfitriã Coreia do Sul (0-1), num jogo em que Beto e João Vieira Pinto acabaram expulsos, este último ainda com tempo para um "confronto" com o árbitro.
Em resumo, e sempre que chega a uma fase final, o que vem deixando de ser raro, Portugal ou cai com estrondo e "azia" na primeira fase ou vai longe, até às "meias", para ai tombar em paz, orgulhosamente entre os quatro melhores do Mundo.
Tópicos semelhantes
» Meireles admite golo de "sorte"
» Estaremos melhor no Mundial"
» Paulo Barbosa: "Izmailov não pediu desculpas
» Estaremos melhor no Mundial"
» Paulo Barbosa: "Izmailov não pediu desculpas
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qua Ago 03, 2011 12:18 pm por Convidado
» how to increase page rank backlink building service
Dom Jul 31, 2011 7:42 pm por Convidado
» Estaremos melhor no Mundial"
Qua Jun 02, 2010 12:11 pm por Litos
» Meireles admite golo de "sorte"
Qua Jun 02, 2010 12:10 pm por Litos
» Mais de 3000 nas bancadas com Liedson e Deco a golear
Sex maio 21, 2010 2:29 pm por Litos
» José Castro e Ansaldi estão na lista de Costinha
Qui maio 20, 2010 11:08 am por Litos
» Portugal do "oito" e do "80"
Sex maio 14, 2010 8:37 am por Litos
» apresentacao
Sex maio 07, 2010 8:19 am por Litos
» Liga Portuguesa: FC Porto 3-1 Benfica (02-05-2010)
Seg maio 03, 2010 6:41 am por Litos